Nesta página você pode obter uma análise detalhada de uma palavra ou frase, produzida usando a melhor tecnologia de inteligência artificial até o momento:
Fibrilação auricular, fibrilhação auricular ou fibrilação atrial é um ritmo cardíaco anormal caracterizado por batimentos rápidos e irregulares. Os episódios têm muitas vezes início com breves períodos de batimentos anormais que com o passar do tempo se tornam estáveis e a intervalos maiores. Muitos episódios são assintomáticos. Em alguns podem-se manifestar sintomas como palpitações, desmaio, falta de ar ou dor no peito. A doença está associada a um risco acrescido de insuficiência cardíaca, demência e acidente vascular cerebral (AVC). É um tipo de taquicardia supraventricular.
Os fatores de risco modificáveis mais comuns da fibrilação auricular são a hipertensão arterial e as valvulopatias. Entre outros fatores de risco relacionados com o coração estão a insuficiência cardíaca, doença arterial coronária, miocardiopatia e cardiopatia congénita. Em países desenvolvidos, a causa mais comum de valvulopatias é a febre reumática. Entre os fatores de risco relacionados com os pulmões estão a doença pulmonar obstrutiva crónica, a obesidade e a apneia de sono. Entre outros fatores de risco estão o consumo excessivo de álcool, diabetes e hipertiroidismo. No entanto, metade dos casos não está associada a qualquer um destes riscos. O diagnóstico é feito pela medição da pulsação arterial e pode ser confirmado com um eletrocardiograma (ECG). Um ECG de fibrilação auricular revela não existirem ondas P e um ritmo ventricular irregular.
A fibrilação auricular é geralmente tratada com medicamentos que diminuem a frequência cardíaca para valores normais ou que convertem o ritmo para o ritmo sinusal normal. A conversão em ritmo sinusal normal pode ser também realizada com cardioversão, um procedimento que é muitas vezes usado em situações de emergências quando a pessoa se encontra instável. Em algumas pessoas, a recorrência pode ser prevenida com ablação por radiofrequência. No caso de haver risco acrescido de AVC, podem ser recomendadas aspirina ou anticoagulantes como a varfarina ou novos anticoagulantes orais. Embora estes medicamentos diminuam o risco de AVC, aumentam o risco de hemorragias.
A fibrilação auricular é a arritmia cardíaca grave mais comum. Entre os países desenvolvidos, a condição afeta cerca de 0,6% dos homens e 0,4% das mulheres. Na Europa e na América do Norte a prevalência da doença tem vindo a aumentar. Em 2005 afetava entre 0,4 e 1% da população, enquanto que em 2014 afetava entre 2 a 3% da população. A percentagem de pessoas com fibrilação auricular aumenta com a idade, sendo afetadas 0,14% das pessoas com menos de 50 anos, 4% das pessoas entre 60 e 70 anos e 14% das pessoas com mais de 80 anos. Em 2013, a fibrilação auricular e o flutter auricular foram a causa de 112 000 mortes, um aumento em relação às 29 000 em 1990. A primeira descrição conhecida de pulsação arterial irregular foi publicada por Jean-Baptiste de Sénac em 1749. O primeiro registo da fibrilação auricular em eletrocardiograma foi feita por Thomas Lewis em 1909.